Caso Beatriz: suspeito é identificado e confessa assassinato de criança com 42 facadas em colégio de Petrolina, em 2015
O DNA encontrado na faca usada no crime é de Marcelo da Silva, de 40 anos, que já está preso por outros crimes. Nesta terça (11), homem foi indiciado.
- Categoria: Notícias Gerais
- Publicação: 12/01/2022 12:28
- Autor: G1
Seis anos, um mês e um dia depois
do assassinato de menina Beatriz Angélica Mota, de 7 anos, o caso teve um
desfecho. O suspeito de desferir 42 facadas na garota, dentro de um colégio
particular de Petrolina, no Sertão, foi identificado pela Polícia Científica de
Pernambuco e confessou o assassinato.
O DNA encontrado na faca, segundo o laudo pericial, é de Marcelo da Silva de 40 anos, que está preso por outros crimes. Nesta terça (11), após ser ouvido por delegados, ele foi indiciado.
No dia 10 de dezembro de 2015, a menina participava da formatura da irmã, no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora. Ela saiu do lado dos pais para beber água e desapareceu. É o que mostram as últimas imagens em que ela aparece com vida.
Desde a data do assassinato, foram realizadas sete perícias. O inquérito acumulou 24 volumes, 442 depoimentos e 900 horas de imagens analisadas.
Em dezembro de 2021, os pais da
criança percorreram a pé mais de 700 quilômetros, entre Petrolina e o Recife,
para pedir justiça.
O ato durou 23 dias e contou com apoio de autoridades municipais e dos moradores das cidades por onde eles passaram.
Laudo pericial
A TV Globo teve acesso exclusivo
ao laudo final do Caso Beatriz. Concluído na segunda (10), o documento foi
enviado, nesta terça (11), para a Secretaria Estadual de Defesa Social (SDS) e
ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
O documento da perícia técnica não esclarece a motivação do crime. Também não informa quais outros crimes são atribuídos ao homem que está preso.
A peça-chave para o esclarecimento do caso foi a faca usada pelo criminoso Marcelo da Silva, que está preso em Salgueiro, também no Sertão pernambucano.
Os peritos coletaram o DNA no
cabo da arma, deixada no local do homicídio. A partir da análise, foi possível
comparar com o perfil do assassino. O DNA dele fazia parte do Banco Estadual de
Perfis Genéticos.
Segundo informações obtidas com
pela TV Globo, o DNA da faca foi comparado com o material genético de 125
pessoas, consideradas suspeitas.
Todas essas amostras foram
coletadas pelos peritos pernambucanos do Instituto de Genética Forense Eduardo
Campos, desde 2015.