Pix: confira novas funções que estarão disponíveis em 2022
A mais recente novidade envolvendo o Pix é a utilização do sistema para arrecadação de recursos para as campanhas eleitorais de 2022
- Categoria: Notícias Gerais
- Publicação: 27/12/2021 13:20
- Autor: Brasil61
Com a rápida adesão dos
brasileiros ao Pix, sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco
Central (BC), em apenas um ano a autarquia já prepara novas funcionalidades
para ampliar ainda mais o acesso à ferramenta.
Neste ano, já foi disponibilizado
o Pix Saque, em que o cliente poderá fazer saques em qualquer ponto que oferte
o serviço, como comércios e caixas eletrônicos, tanto em terminais
compartilhados como da própria instituição financeira.
Já no Pix Troco, que começará a
funcionar em 2022, o cliente fará um Pix equivalente à soma da compra e do
saque e receberá a diferença como troco em espécie. O extrato do cliente
especificará a parcela destinada à compra e a quantia sacada como troco.
“Essas duas novidades podem fazer
com que haja uma redução de caixas eletrônicos na cidade, uma vez que o saque
de dinheiro pode ser feito em qualquer comércio”, explica Alex Peguim, COO da
Speedy.io, fintech de serviços financeiros focada em micro, pequenos e médios
empreendedores. “Também vamos ter uma concorrência maior entre os métodos de
pagamento, tanto em preço quanto em oferta de serviço”, avalia.
A mais recente novidade
envolvendo o Pix é a utilização do sistema para arrecadação de recursos para as
campanhas eleitorais de 2022. A medida foi autorizada pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) na última sexta-feira (9), e partidos e candidatos deverão usar
o CNPJ ou CPF como chave de identificação.
“Acho este um marco muito
importante para nós brasileiros, pois o Pix garante a rastreabilidade
eletrônica da fonte pagadora. Acredito que outras novidades, como o Pix
Garantido e Pix Crédito, também vão agir muito bem em terrenos onde o cartão de
crédito domina, como os serviços de mensalidade, pagamentos recorrentes e até mesmo
parcelamentos”, afirma Alex.
Confira outras funcionalidades do
Pix que devem chegar 2022:
Pix Offline: de acordo com o
presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, essa modalidade ainda está em
processo de avaliação, mas já está sendo testada com três tecnologias
Pix Aproximação: assim como com
cartões de crédito, será possível fazer pagamento aproximando o celular da
máquina de cartão, por exemplo.
Débito automático: será possível
colocar contas de luz e telefone, por exemplo, para serem pagas automaticamente
com Pix.
Pix Internacional: segundo
Roberto Campos Neto, essa função ainda não tem data definida, mas o BC já
conversa com a Inglaterra e Itália para permitir transferências internacionais
instantâneas por meio da ferramenta.
Democratização do sistema
bancário
Criado pelo Banco Central (BC) em
novembro de 2020, o Pix é utilizado por mais de 106 milhões de brasileiros e
mais da metade das empresas no país. A rápida adesão da população ao sistema de
pagamentos instantâneos surpreendeu as instituições financeiras.
“Praticamente todos os bancos e
instituições financeiras aderiram ao Pix. Dessa forma, todos os usuários podem
facilmente transferir valores entre instituições sem qualquer tipo de espera de
compensação e de forma gratuita. Também tem a facilidade da divulgação da
chave, uma vez que já é um número conhecido por você” explica Alex Peguim.
As últimas estatísticas, de
novembro de 2021, mostram que foram feitos mais de 1,2 bilhão de pagamentos
pelo Pix, e a quantidade de transações supera as realizadas por boletos, TEDs,
DOCs e cheques somados. A principal diferença entre esses meios de pagamento e
o Pix é que não é necessário saber onde a outra pessoa tem conta. A
transferência pode ser realizada a partir, por exemplo, de um telefone na sua lista
de contatos, usando a Chave Pix.
Outra diferença é que o Pix
funciona 24 horas, 7 dias por semana, entre quaisquer bancos, de banco para
fintech, de fintech para instituição de pagamento, entre outros. Para Alex
Peguim, a agilidade do sistema e o baixo custo são os principais atrativos.
“Tanto para física quanto para
pessoa jurídica, o dinheiro cai na hora e o custo da operação é baixíssimo, ou
nenhum. Muitas vezes, as pessoas não faziam TED ou DOC de valores muito baixos,
pois a própria taxa poderia superar o valor a ser transferido. As vaquinhas,
quando você vai fazer uma festa com os amigos, por exemplo, a divisão de
contas, ficou muito mais simples com o Pix, uma vez que é possível fazer
transferências de centavos”, pondera.
A aposentada Divina Maria de
Sousa, de 65 anos, conta que teve receio de usar a ferramenta no começo, mas a
praticidade do sistema chamou sua atenção. “Antes, a gente tinha que pagar taxa
para fazer transferências, seria um gasto a mais para a gente. No início eu
fiquei com muito medo de colocar meu CPF, celular ou e-mail, e alguém descobrir
e pegar esses dados para fazer transferências. Mas, agora, eu acho muito mais
prático e é uma economia pra mim”, ressalta.
Segundo o Banco Central,
cerca de 40 milhões de pessoas no Brasil fizeram sua primeira
transferência bancária por meio do Pix. Além disso, 14 milhões de brasileiros
abriram uma conta bancária pela primeira vez em 2020, no auge da
pandemia.
Na visão de Alex Peguim, o volume
é resultado principalmente do Pix e do Auxílio Emergencial. “A população
brasileira nunca teve acesso de forma tão barata e ágil a serviços financeiros.
Hoje, temos uma rede de pagamentos mais barata, descomplicada e rápida”,
afirma.
Fonte: Brasil 61