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PM que deu tapa em mãe acusada de espancar filha diz que falhou: 'Atrás de uma farda, tem um ser humano'

Fabíola Aniely da Conceição disse que irá cumprir punição se for o caso e afirmou estar preocupada com a criança
  • Categoria: Notícias Gerais
  • Publicação: 29/04/2024 14:05
  • Autor: Nicolle Gomes
A policial militar flagrada em um vídeo dando um tapa numa mulher acusada de espancar a própria filha de 11 anos usou as redes sociais para se pronunciar.

A PM Fabíola Aniely da Conceição disse, em vídeo postado no Instagram, que falhou e que "atrás de uma farda, existe um ser humano". 

A policial também afirmou que não pretendia obter toda a repercussão de forma intencional.

“Quem me conhece sabe que essa nunca foi minha intenção, me promover em cima de ocorrência alguma.”, disse a policial.

De acordo com Fabíola, sua maior preocupação no momento é com a criança, vítima da própria mãe de abusos físicos e mentais

“Hoje, minha maior preocupação não é se vou ser punida ou não, a minha principal preocupação é a saúde da criança, como ela está, porque ela sofreu agressões físicas e psicológicas.”, declarou.

Por fim, Fabíola agradeceu o apoio recebido e admitiu ter “falhado” na ocasião.

“Eu quero agradecer pelo apoio que estou recebendo da sociedade em geral, principalmente da minha família. Não sei se vou ser punida, mas se for, eu vou cumprir. Estamos sujeitos à falhas."

Entenda o caso

Está sendo investigada a conduta da policial filmada dando um tapa no rosto de uma mulher suspeita de agredir a filha em Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata, na última sexta-feira (26).

Um vídeo que circulou nas redes sociais mostra a mãe, de 27 anos, chegando com a menina, de 11, machucada, ao Hospital João Murilo de Oliveira. Em seguida, a policial manda a mulher soltar o braço da filha. 

“Foi tu que ‘fizesse’ isso com ela, não foi? Pronto, você não gosta de bater, né?”, disse a PM ao dar o tapa. Com a ajuda de outro policial, ela rendeu a mulher e a algemou.

Segundo a conselheira tutelar Alzenir Vasconcelos, a mãe bateu na menina porque foi acordada pela briga de outros dois filhos que estavam jogando videogame. A acusada não teve nome divulgado para a preservação da identidade da criança.

Em outro registro, a menina aparece com hematomas e relatando que está com a perna “dormente”, enquanto os vizinhos comentam que precisam levá-la para uma unidade hospitalar. Funcionários do Hospital João Murilo de Oliveira acionaram o Conselho Tutelar, que também recebeu fotos e vídeos do ocorrido.

“O papel do conselho tutelar é de colocar a criança em local salvo e seguro e zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, haja vista que tudo que ocorre com crianças e adolescentes fica sob segredo de justiça. Enquanto a guarda da criança compete ao juiz”, destacou a conselheira tutelar Alzenir Vasconcelos.

Conforme divulgado pela Polícia Militar, outras informações sobre a ocorrência serão repassadas após a conclusão do procedimento.

“A Polícia Militar informa que para qualquer procedimento administrativo de avaliação da conduta policial o prazo para a apuração dos fatos é de 30 dias, podendo ser prorrogado, dependendo da necessidade da investigação”, disse a corporação em nota divulgada neste domingo (28).

Fonte: Diário de Pernambuco