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Com greve marcada, presidente do sindicado dos Policiais Civis chama governo de "intransigente" e diz buscar diálogo

Áureo Cisneiros afirmou que busca negociação com o governo do Estado e que há tempo para evitar a paralisação no Carnaval
  • Categoria: Notícias Gerais
  • Publicação: 07/02/2024 14:48
  • Autor: Rodrigo Fernandes

Um dia após o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) anunciar que a categoria vai iniciar greve na véspera do Carnaval, o presidente do sindicato, Áureo Cisneiros, chamou o governo do Estado de intransigente e afirmou que não há diálogo entre a gestão Raquel Lyra e os servidores da segurança. A declaração foi dada em entrevista a Eliel Alves, no Bandeira 2, da Rádio Jornal, na manhã desta quarta-feira (7).

"Sinceramente, esse governo é muito ruim de diálogo, muito ruim de política. Será que só vai escutar a voz dos policiais civis com movimento paredista, de greve? Nós queremos o diálogo. Pelo amor de Deus, governadora, vamos resolver a questão da segurança pública, ninguém aguenta mais de violência no estado", disse Áureo.

Ontem, o sindicato afirmou que a paralisação terá início à meia noite da próxima sexta-feira (9), véspera do sábado de Zé Pereira. A greve terá tempo indeterminado e ocorrerá durante os festejos de Momo. A categoria busca negociação com o governo por melhorias nas condições trabalho, valorização salarial e aumento no contingente.

"A gente está pedindo à governadora para abrir um canal de negociação para a gente discutir a reestrutura da Polícia Civil, das investigações, que estão praticamente sem poder ser feitas por falta de condições de trabalho. Não é só a questão salarial", afirmou o presidente do Sinpol.

"Esse governo é de uma intransigência absurda, e não sou só eu e os policiais civis que estão colocando. Tá todo mundo sabendo que ela não dialoga com a Assembleia Legislativa, tá a maior briga, que ela não dialoga com o Judiciário, com o Ministério Público, com o TCE", continuou Áureo.

O sindicalista defendeu que o diálogo com a categoria é essencial nesse momento, que classificou como "crise terrível na segurança pública". Ele também afirmou que a greve poderá ser revertida.

"É preciso sim evitar essa greve no Carnaval. Ainda dá tempo. Tem até a meia noite [da sexta-feira] para abrir um canal de negociação concreto com os policiais civis", finalizou.

Fonte: JC Online