Bolsonaro pode ganhar mais de R$ 80 mil brutos por mês após volta ao Brasil
Ex-mandatário recebe aposentadoria como militar e ex-deputado e vai acumular com os vencimentos de presidente de honra do PL
- Categoria: Notícias Gerais
- Publicação: 28/03/2023 12:50
- Autor: Por Agência O Globo
Quando voltar ao Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro — que está com passagem comprada e deve chegar a Brasília às 7h de quinta-feira —, vai assumir a presidência de hora do Partido Liberal (PL) e deve passar a ganhar pouco mais que R$ 80 mil brutos por mês. Derrotado na eleição de 2022, Bolsonaro tem duas fontes de remuneração e vai passar a contar com uma terceira proveniente do novo cargo partidário.
Por ser capitão reformado do Exército, o presidente recebe R$ 11.945,49 brutos por mês. Além dos vencimentos como militar, o ex-presidente também passou a receber uma aposentadoria pelo tempo em que foi deputado federal. O benefício foi concedido pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em dezembro do ano passado. O valor é de cerca de R$ 30 mil.
Bolsonaro ainda deve receber R$ 41,6 mil mensais por ser presidente de honra do PL. O presidente do partido, Valdemar Costa Neto, fez o convite após a derrota para Lula nas urnas, em outubro do ano passado. O valor acertado pelo PL equivale ao teto constitucional do setor público, ou seja, o salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que vão passar a receber esse valor reajustado, em abril.
Segundo a colunista Bela Megale, a equipe de Bolsonaro ainda estuda se o ex-presidente fará uma manifestação pública em sua chegada. Parlamentares bolsonaristas têm chamado apoiadores do capitão reformado para comparecer ao aeroporto e recepcioná-lo.
Pessoas próximas ao ex-presidente negam que seu retorno tenha relação à viagem que Lula faria à China e que acabou sendo cancelada por um problema de saúde do petista.
Os principais planos de Valdemar para Bolsonaro é que ele rode o país. A estratégia do PL é usá-lo como cabo eleitoral de peso para aumentar o número de prefeituras sob o comando da sigla nas eleições de 2024.