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Esquema de atendimento clandestino a traficantes de drogas é descoberto em unidade de saúde no Grande Recife

Polícia cumpriu quatro mandados de busca e apreensão para permitir a coleta de provas para o inquérito que apura o crime em Ipojuca

Categoria: Notícias Gerais
Publicação: 03/05/2024 08:58

Um esquema de atendimento clandestino a traficantes de drogas em uma unidade de saúde foi descoberto pela Polícia Civil.

Segundo a corporação, uma operação cumpriu quatro mandados de busca e apreensão para permitir a coleta de provas para o inquérito que apura o crime em Ipojuca, no Grande Recife.

Conforme a corporação, esses atendimentos de saúde são realizados, sem o devido registro na unidade, sobretudo após confrontos com a polícia.

Com isso, a organização criminosa evitaria que integrantes feridos fossem localizados pela polícia, a partir da notificação do atendimento médico.

Além disso, a polícia investiga a denúncia de desvio de medicamentos e itens de higiene pessoal da unidade de saúde, bem como "outras práticas ilicitas".

O esquema foi descoberto a partir de uma investigação feita pela Delegacia de Porto de Galinhas, sob comando dos delegados Ney Luiz Rodrigues e Guilherme Augusto Cruz Andrade.

Houve o apoio do Comando de Operações e Recursos Especiais da Policia Civil (CORE).

Os mandados de busca foram cumpridos em Porto de Galinhas. Um deles teve como alvo a unidade de saúde.

Os outros dois alvos são também funcionários da unidade.

Prisão

Em dezembro do ano passado, a polícia cumpriu um mandado de prisão preventiva contra uma funcionária de um posto de saúde de Ipojuca.

Ela era suspeita de repassar informações de pacientes para uma organização criminosa da região de Porto de Galinhas

O mandado de prisão preventiva em desfavor da suspeita foi expedido pela Vara Criminal da Comarca de Ipojuca.

No site do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), consta contra ela um Termo Circunstanciado por “receptação culposa”.

Entretanto, informações extraoficiais dão conta que ela também foi autuada pelos crimes de associação criminosa e tráfico de drogas.

Ela também já respondeu a outros processos por vários crimes diferentes.

Informações extraoficiais dão conta que a mulher também é suspeita de integrar a facção e usaria o cargo para repassar informações privilegiadas para integrantes da quadrilha, responsável por praticar homicídios, tortura e tráfico de drogas.

Ainda segundo informações extraoficiais, a criminosa prestava serviços no posto de saúde e se apropriava dos dados dos pacientes para repassar à organização, para cadastrar chips e linhas telefônicas em nomes dos pacientes, sem o consentimento deles.

A suspeita foi detida por policiais da Delegacia de Porto de Galinhas.

A atuação foi no momento em que ela prestava plantão na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do balneário, um dos principais pontos turísticos de Pernambuco.

Também informações preliminares dão conta que a suspeita realizava cuidados médicos de forma informal a integrantes da organização criminosa que foram feridos em confrontos com a polícia.

A corporação informou que a Delegacia de Porto de Galinhas segue investigando o caso.

Fonte: Diário de Pernambuco